Olá queridos leitores! Como estão? No caso de hoje em nossa sessão “Apaixonadas no Divã” falaremos sobre inveja e sua influência negativa na relação a dois. Nossa leitora R.L. enviou seu relato desabafando como é difícil não se sentir inferior a seu namorado, acompanhem comigo:
“Após 1 ano e 7 meses de namoro eu consegui ontem dizer ao meu namorado como me sinto em frente a nossa relação. Eu sabotei meu namoro desde janeiro de 2015, quando estávamos esperando o resultado do vestibular e ele passou e eu não. Era meu sonho entrar em uma faculdade pública e fiquei muito mal, nesse mês também ele começou a ganhar uma bolsa porque tinha passado, e era muito dinheiro, além da família dele ser rica e minha família não e ele morar com o tio na zona sul do Rio em uma cobertura e eu morar na baixada de um morro. Isso tudo influenciou em eu me sentir inferior a ele e me sentir um lixo, fiquei desde esse mês fazendo ele sofrer e não conseguia dizer para ele. Ele achava que era ciúmes porque toda vez que saíamos eu dizia que ele estava olhando para alguém etc.. sendo que eu fazia isso para me punir mais, por achar que ele não precisava de mim e eu sim (fiquei esse ano de 2015 estudando em casa pela net para o vestibular e por não trabalhar, ele me ajudava no que precisava, roupas, coisas básicas etc.) Eu ficava tratando ele mal, com raiva da minha vida e descontava nele. Ele é fluente em línguas, é inteligente, é bonito, podia ficar com quem ele quisesse, ele é muito para mim. Ele me chamou para conversar porque não entendia meu comportamento com ele, dizia que eu não o amava. Aí eu resolvi colocar para fora, foi horrível, choramos, ele disse que eu era a garota mais linda que ele ficou e que me amava tanto, que não merecia isso, que só o que ele fez foi me amar. Ele estava passando as férias na minha casa, mas decidiu ir para casa da mãe e me deixar pensar no que eu quero da minha vida, se eu quero mudar meu jeito de pensar, se eu quero amar ele de verdade. Eu quero mudar, quero me sentir bem, mas penso que só vou conseguir quando passar na faculdade. Espero muito que eu consiga.”
Como a própria R.L. percebeu todo esse comportamento negativo frente a seu namorado eram resultado da frustração de não atingir suas expectativas, o que a levou a “descontar” em seu parceiro como se ele fosse culpado por seu insucesso, ou quem sabe, que o sucesso dele representava o fracasso dela. A questão principal entretanto está muito mais enraizada do que se parece, na verdade o preconceito presente em R.L. talvez seja o grande pivô do conflito e não apenas a reprovação no processo seletivo da faculdade.
Muitas vezes, quando nos vemos (ou somos ensinados a nos ver) sob um olhar de diferença, passar por cima deste conceito pode ser muito complicado. Muitas pessoas que enfrentam essa situação acabam fantasiando situações que fariam as diferenças “sumirem” e desde modo deixarem de ser empecilhos para o relacionamento. Usando o relato de R.L. como exemplo, podemos supor que talvez o sonho de se formar em uma faculdade renomada esteja intimamente ligada ao desejo de ser menos inferior, deixar de ser a “garota do subúrbio” e passar a ser “a garota inteligente que passou na federal” entendem? E neste sentido compreender esse preconceito seria o primeiro passo para superá-lo.
Se este sentimento não for trabalhado, nenhuma conquista será suficiente para enfrentá-lo. Pois sempre surgirá uma novo “motivo”, hoje é a faculdade, amanhã pode ser o emprego, depois o salário, depois os amigos, etc.
Outro ponto importante é a autoestima, que precisa ser trabalhada, elevando o amor próprio e fazendo-nos enxergar as coisas sob outra perspectiva, mais positiva e que nos faça ver que somos merecedores de todo o apoio e amor que recebemos, por exemplo.
Então querida R.L., espero que possa refletir e perceber que talvez o passar ou não na faculdade não é o essencial para recuperar seu relacionamento. Invista em seu parceiro, pois ele parece se importar muito com você e quem sabe seja a hora de começar do zero e dar uma nova chance a vocês dois.
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É isso pessoal, quero aproveitar para me desculpar pela demora na publicação dos posts, estou com muita dificuldade para administrar o tempo! Também quero agradecer pelos “likes” em nossa página do facebook que está crescendo dia a dia! Obrigada pelo carinho de sempre um grande abraço e até a próxima!
(Atenção: As informações contidas nesta publicação NÃO substituem um atendimento real em setting terapêutico adequado com um profissional psicólogo qualificado.)
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