Olá a todos, como estão? Espero que muito bem.
No caso de hoje no “Apaixonadas no Divã” vamos falar sobre obstáculos impostos por outras pessoas em um relacionamento a dois. Acompanhem comigo o desabafo de P.P.
“Olá! acompanho o blog e me ajuda muito!! Gosto muito de apaixonadas no divã, e quero compartilhar minha historia com vocês. Me identifiquei muito com a historia de uma apaixonada, em que ela é católica e seu noivo evangélico. Minha história é bem parecida. Bom, sou católica e meu namorado é evangélico. Mas é um namoro em que só minha família sabe. pois, a família dele não apoia e não permite. No começo, tentamos lutar contra isso, mas foi muito complicado por que tivemos que ficar distantes. Somos novos (eu 18, e ele 17), e estudantes (vou pra faculdade esse ano, e ele vai terminar o ensino médio ano que vem), e dependentes. ele é mais novo que eu. Vivemos em um preconceito de que todos dizem que isso vai passar, que é apenas uma fase, e vamos conhecer outras pessoas depois. Mas não é bem assim, já passamos por muita coisa, e estamos firmes, pensamos num futuro juntos, família e planos, mas nos entristece saber, que não podemos ficar juntos agora. Moramos no mesmo condomínio, e isso ajuda, mas também atrapalha, porque temos que disfarçar o que sentimos para que as pessoas não vejam. Ficamos juntos apenas perto de pessoas em que confiamos. Não saímos juntos, nem sequer coisas que amigos fazem. A família dele é totalmente dependente da igreja, com um membro da família que é pastor, eles dizem que tem que dar bom exemplo, e esse namoro não pode acontecer. minha família ate que aceita, mas ficam com medo que eu me humilhe demais persistindo nessa historia, em que eles me rejeitam na família. Mas, a família dele é muito ligada a minha, se falam sobre diversos assuntos, frequentam a nossa casa, mas quando é sobre o namoro, dizem que não é possível. eu não mudo minha religião, ele não sabe se muda... tem dúvidas, mas não quer terminar o que temos. nem eu. Já brigamos muito por causa disso, e já terminamos uma vez, mas dia 18 voltamos novamente. Eu o amo muito, e ele já mostrou que ama da mesma forma. É complicado demais pra nós e sofremos muito por não podermos ser um casal normal como os outros. Algo me diz que devo insistir nessa história e que isso não vai acabar assim. É isso... eu queria um conselho de como podemos agir com isso. Um grande beijo!”
Além de todas as dificuldades naturais que todo relacionamento enfrenta, ter que lidar com obstáculos vindos de terceiros acaba se tornando um peso a mais para o fortalecimento da relação. Como vimos no caso de B.C., saber se posicionar e procurar apoiar-se um ao outro é fundamental para ultrapassar a avalanche imposta sobre o casal.
Porém, em casos que infelizmente o diálogo nem sempre é possível, é preciso analisar a problemática sobre outro aspecto. Quando falamos sobre crenças, muitas coisas estão envolvidas, não se trata apenas de opinião mas sim de estilo de vida, por isso bater de frente nem sempre é a melhor opção, pois dificilmente haverá uma compreensão já que se trata de algo grandioso como a “vontade de Deus” ou as “regras da religião”.
Primeiramente trata-se de uma autoreflexão, de um questionamento interno sobre como se sente em relação aos preceitos impostos e se estes fazem sentido para si. Por exemplo, se minha religião me diz que só pessoas da mesma religião ou que aceitem se converter são as “ideais” para se relacionar, mas eu acredito que a forma de adorar a Deus não interfere no caráter do outro e tudo bem se meu parceiro for diferente de mim, então talvez seja o momento de buscar conhecer outros conceitos religiosos que se enquadrem mais em sua forma de ver o mundo e a espiritualidade. Por mais que nossa família exerça um papel de grande influencia, cada um tem autonomia para escolher sua religiosidade ou ausência dela. Esclarecendo, todos somos livres para trocar de religião ou conviver de maneira menos ortodoxa com a religião que acreditamos, pois independente do quesito relacionamento amoroso, é preciso estar confortável e seguro dentro de nossas crenças.
Todavia, sendo realista para se defender qualquer tipo de autonomia, é preciso também ter o mínimo de independência pessoal. Como relata P.P.
"Somos novos (eu 18, e ele 17), e estudantes (vou pra facul esse ano, e ele vai terminar o ensino médio ano que vem ), e dependentes."
E devido a isto é preciso muita paciência e persistência.
Relacionamento é muito mais do que contato físico ou exposição social, é troca intima de sonhos e ideias, é a construção de uma cumplicidade única. Por isso é preciso encarar que se há um sentimento real e fortificado, é preciso lutar para torná-lo possível, e às vezes isso significa esperar para ficar junto. A aceitação das outras pessoas virá com o tempo, desde que conduzam com respeito. E omitir pode não ser a melhor escolha, pois pode só piorar a situação.
Vamos pensar que se eu e meu parceiro desejamos mostrar as pessoas quem somos e como pensamos, nos esconder não irá ajudar, pelo contrário, ao nos escondermos reafirmamos se tratar de algo “errado”. Percebem? Então visando um futuro juntos, em alguns casos é muito mais valioso fortificar a convivência do que a troca física amorosa, ou seja, é melhor manter uma “amizade” do que um “namoro escondido”.
Em matéria de amores proibidos, as dificuldades são inúmeras, mas cabe ao casal definir juntos um plano de futuro para ficar junto. E nesse assunto, enquadram-se namoros a distância, namoros com diferenças etárias, namoros com diferenças étnicas, namoros com diferenças econômicas, etc.
Então querida P.P. procure trabalhar a paciência, e fortificar seu amor junto a seu parceiro de outras maneiras que não o contato físico, assim que tiverem a oportunidade de assumir as responsabilidades de ficar junto finalmente, valerá a pena, tenho certeza! Só cuidado para não cair na armadilha da comparação com outros casais, lembre-se que vocês são únicos, e por assim serem, tudo será único para vocês, inclusive a forma de namorar. Desejo-lhes muitas felicidades e que este amor seja forte para superar essa fase difícil.
E vocês estão passando por alguma dificuldade também? Envie seu caso para nossa sessão, terei o maior carinho em publicar sua história.
Um grande abraço à todos e até o próximo caso inédito!
(Atenção: As informações contidas nesta publicação NÃO substituem um atendimento real em setting terapêutico adequado com um profissional psicólogo qualificado.)
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***OBS: Quem quiser participar da sessão Apaixonadas no Divã, pode enviar e-mail para blognamorados@gmail.com com este título.***
Olá querida, acabei chorando ao ler a tua história...
ResponderExcluirEu estou há 22 meses com meu namorado, ele é indiano muçulmano e eu sou uma mistura de indiano com portuguesa. eu cresci com a minha mãe e claro na religiao católica, mas quando conheci meu namorado eu comecei a me apaixonar pela religião muçulmana e por tudo q faz parte da sua vida.
Ele tem 20 anos e eu 21, ele está no 3o ano de faculdade e eu já terminei. Tudo vai muito bem quando se fala de nós dois, mas quando metemos nossa família as coisas mudam!
Sua família não me aceita, não aceita nenhuma de outra raça, pra eles meu namorado teem q casar com uma indiana e da mesma raça (paquistánica) e a minha família também teem medo de eu me machucar, eles dizem q o melhor é esquecer ele porque já viram muitas histórias como a nossa e nenhuma delas o homem indiano fez uma mulher mulata a sua primeira esposa, normalmente eles casam com quem os pais escolhem e depois fazem as mulatas de segunda esposa/amante.
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Tirando a opnião dos outros, nós somos feliz, e estamos planejando um futuro juntos! Mas... Eu tenho muito medo de quando chegar o dia em q teremos q enfrentar tudo e todos, ele fracassar. Pq eu acredito q a mãe dele já escolheu uma miúda pra ele e indianos sao peritos em drama, uma mulher, uma mãe sempre consegue oq quer.
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Se vocês ainda estão juntos e se amam, não desistam e não usam vossas diferenças para criar brigas e energias negativas.
Este é o meu conselho e é assim q vivo, hj os dois sabem pedir desculpas qndo estamos errados e não nos fartamos de chorar juntos e se rebaixar um pro outro.
Bjnhs
Realmente acontece isso em algumas famílias, eu fiquei muito feliz quando a família do meu namorado gostaram de mim e até hj temos uma boa convivência.
ResponderExcluiraí cara, é tanta coisa na minha vida.... que nem sei se compartilho...
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